E chegamos ao “velho oeste” Russo. Pelo menos, essa é a sensação.
Hoje chegamos à segunda menor cidade onde passaremos a noite. Tulun (diferente da Tulum do México) não tem ruínas Maias, nem prédios imponentes, nem… bem, nem nada! É um cenário digno de um Drink no Inferno. Felizmente fomos dormir antes da meia noite… 🙂
É uma cidadezinha no meio de lugar nenhum, que constitui a melhor alternativa para passar a noite antes de seguir adiante. Pelo hotel (que segundo alguns comentários no facebook parece cenário de Chaves, ou para outros, parece o local onde assassinatos acontecem…. hehehehe), dá pra ter ideia do naipe da cidadinha:
Mas como nem só de hotel bacana se faz uma viagem de aventura, vamo que vamo. Aqui a comunicação é na base de Google Translator mesmo. Nem “hi” em inglês o povo entende. Logo na chegada, estacionamos as motos ao lado da porta do hotel. Nisso veio um cara, perguntou “hotel”, apontou para os fundos e disse “parking” e mostrou que lá nos fundos haviam câmeras para monitorar as motos. MAs ali tinha que pagar pra ELE (não pro hotel). A sorte é que até ser extorquido custa barato, então pagamos os 300 rublos que ele pediu (algo como 15 reais), vimos as motos na TV (ele fez questão de mostrar) e subimos pro hotel.
A essas alturas a fome é bruta, e vamos à recepção procurar onde comer. Umas fotos pra pegar turista esfomeado estão coladas na parede, apontamos para a foto mostrando pra recepcionista, que nos mostra na tela do computador que as fotos são do café ao lado do hotel. E lá vamos nós pro café, no porão do hotel. Bom, as fotos meio que também falam por si, saca só:
Sim, sabemos muito bem o que parece, mas acreditem, era um lugar familiar, restaurante mesmo, com o filme da mulher-gato passando nas TVs e muitas luzes estreboscópicas-psicodélicas girando pelo ambiente. A comida, honesta e bastante razoável, nada a reclamar.
No mais, um dia de estradas e paisagens impressionantes, um pneu de caminhão que estourou no exato momento em que eu ultrapassava um outro caminhão em sentido contrário e que deu um baita susto (mas nada mais do que o susto), e a expectativa pela chegada ao Baikal amanhã. Abaixo, a clássica foto de meio de caminho (4600 km pra trás, 4.600 km pela frente). E, pra quem gosta de paisagens, motos e estradas, um prato cheio ma galeria a seguir.